CORONAVÍRUS E SUA RELAÇÃO COM OS PETS!

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NOVO CORONAVIRUS

Inúmeros registros históricos têm revelado que as doenças infecciosas vêm acompanhando a humanidade ao longo da sua evolução e o relato de novas patologias só vem crescendo chegando a quase triplicar nos últimos 60 anos

O Novo Coronavírus, chamado provisoriamente de nCoV-2019, foi descoberto no final de dezembro de 2019 após registro de casos na China.

Segundo foi divulgado pela imprensa em 04 de fevereiro de 2020, há registros de 20.630 casos de coronavírus no mundo, sendo 20.471 na China. São 427 óbitos no mundo até essa data sendo 425 na China. Conforme a mesma fonte, não existe caso comprovado de novo coronavírus no Brasil. Só suspeitas.

 O governo brasileiro acompanha 13 pessoas com suspeita de estarem infectadas nos estados de São Paulo (6 casos), Rio Grande do Sul (4 casos), Santa Catarina (2 casos) e Rio de Janeiro (1 caso).

O fato despertou nos organismos internacionais e a comunidade cientifica a necessidade de buscar respostas sobre prevenção, transmissão e tratamento para o novo coronavírus.

Grupo de trabalho interministerial de Emergência em Saúde Pública de importância Nacional e Internacional com experiência, foi criado em 31 de janeiro de 2020 pelo governo Brasileiro.

O mesmo grupo já atuou em outras situações, como a pandemia de influenza, e agora atuará no caso do novo coronavírus, como prevenção e tratamento se porventura for confirmado algum caso no Brasil.

Acredita-se que o surgimento do novo coronavírus está relacionado ao aumento da urbanização e as pesquisas médicas na área, proporcionando grandes avanços na medicina.

Mesmo que o número de enfermidades infecciosas tenha aumentado no mundo, as possibilidades de tratamento e medicação, ganharam reforços na contenção de surtos, endemias, epidemia e pandemia.

O surgimento das doenças ocorre pela conjugação de fatores ambientais e demográficos e normalmente aparecem pelo contato de pessoas com micro-organismos ou animais que os hospedam, além de mutações de vírus e bactérias.

PREVENÇÃO

. Evitar aglomerado de pessoas principalmente em ambientes fechados e de baixa ventilação.

. Manter os alimentos crus guardados, bem separados dos alimentos cozidos.

. Não compartilhar objetos pessoais como escovas de dente, lâminas de barbear, toalhas, pentes, batons, roupas…

. Manter a cozinha e o banheiro limpos porque são lugares da casa mais cheio de germes.

. Após o uso do vaso sanitário, manter a tampa abaixada antes de efetuar a descarga evitando aspirar partículas contaminadas presentes no ar.

. Manter caderneta de vacinação atualizada.

. Limpeza diária do ambiente, piso, pias e bancadas com desinfetante, bactericida, fungicida e viricida a base de amônia quaternária.

. Utilização de máscara adequada quando recomendada pelos órgãos de saúde.

. Levar os animais de estimação ao Médico Veterinário pelo menos uma vez ao ano, para consulta, aplicação de vacinas múltipla e antirrábica. A vacinação contra raiva é obrigatória por lei.  

TRANSMISSÃO

O vírus circula entre animais, de animais para humanos e de humanos para humanos.

É transmitida principalmente por via aérea e também por contato com secreções, com objetos pessoais contaminados, roupas, toalhas…

SINTOMAS

As pessoas ficam com a imunidade comprometida e podem apresentar como principais sintomas febre, tosse, falta de ar, dificuldade para respirar, problemas gasto intestinais, diarreia, podendo em casos graves, apresentar pneumonia, IRA (insuficiência renal aguda), IRC (insuficiência renal crônica) e morte.

TRATAMENTO

Estudos estão em andamento, mas até o momento não existe vacinas nem medicamentos específicos.

Os sintomas podem ser tratados com medicamentos receitado pelo Médico.

O HUMANO

O infectologista Jean Gorinchteyn do Instituto Ribas, em São Paulo, afirma que o papel do ser humano no aumento de doenças emergentes registradas fica evidente quando observada a expansão das cidades e dos centros urbanos sobre a natureza.

OS PETS

Dado ao aumento da interação cada vez maior entre o homem e o pet e ao elevado número de doenças comuns, torna-se imprescindível levar seu pet ao Médico Veterinário pelo menos uma vez ao ano para fazer a prevenção e também controle e tratamento de doenças causadas por bactérias, fungos, vírus, protozoários, controle de ecto e endoparasitas, do desequilíbrio eletrolítico, da desidratação, da anemia, e das doenças de pele, dentre outras.

O pet pode parecer saudável, mas nem sempre é, porque há uma série de doenças assintomáticas ou doenças cujos sintomas aparecem de forma tardia quando o caso já atingiu grande proporção. O tratamento pode ter um custo muito elevado e o pet não responder favoravelmente ao tratamento.

Embora se afirma ser verdade que o coronavírus tenha sido passado para os seres humanos através de animais selvagens vivos, colocados à venda no mercado de Wuhan, epicentro de surto do coronavírus, na China, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que “não há evidências, nem relatos de que cães, gatos ou outro animal de estimação possam contrair o novo coronavírus”.

Está comprovado que os animais de estimação se tornam vítimas colaterais de coronavírus na medida em que por força das circunstâncias, são abandonados por seus tutores vítimas da doença e que vão cumprir quarentena ou vieram a óbito.

Muitos clamam por pessoas que se disponham a alimentá-los e tratá-los.

Esse apelo estimulou uma campanha para salvar os animais, conseguindo reunir inúmeros voluntários bondosos que se disponibilizaram em uma Associação de Protetores de Pequenos Animais, no aplicativo QQ China, conseguindo reunir quase 3000 membros.

DIFERENÇA ENTRE SURTO, ENDEMIA, EPIDEMIA E PANDEMIA.

Dependendo do número de pessoas atendidas, da extensão da área geográfica alcançada e da forma como a enfermidade aparece, pode ser classificada como: surto, endemia, epidemia e pandemia, mas, às vezes, enfrenta-se algum grau de dificuldade para estabelecer a classificação.

SURTO

Considera-se surto quando há aumento repentino do número de casos de doença infecto contagiosa em uma região específica.

Em José Rocha Carvalheiro temos que “o conceito de surto deve ser encarado como um indício de concentração de episódios que merece estudos mais profundos.

Afirma também que ” as mais importantes doenças transmissíveis no mundo em desenvolvimento são chamadas negligenciadas e merecem atenção especial das agências de fomento de pesquisa por não serem vistas como prioritárias pela indústria farmacêutica.”

No Brasil, órgãos como CNPq e Ministério da Saúde, contemplam em suas agendas, diversas doenças dessa natureza, tanto na linha humana como Veterinária.

O número de casos de doenças, para ser considerado surto, deve ser maior do que o esperado pelas autoridades.

Exemplos: A febre amarela foi introduzida no Brasil com a vinda dos navios negreiros, causando um surto da doença na cidade de Olinda.  Depois se alastrou para o interior do estado de Pernambuco provocando uma endemia e depois chegando à Salvador em 1685.

Mais tarde, em 1849, houve uma epidemia originária de um navio vindo de New Orleans e Havana, contagiando moradores da cidade do Rio de Janeiro e se alastrando por todo o litoral brasileiro.

A dengue quando surgiu repentinamente em apenas um pequeno bairro em Goiânia, foi considerada, no início, um surto.

ENDEMIA

É quando a doença se manifesta apenas em determinada região, de causa local, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades. Tem duração contínua, porém restrita a uma determinada área.

Exemplos: Áreas afetadas de febre amarela na região amazônica e áreas afetadas pala dengue, como no sul da Bahia e a região sudeste, apresentando alto grau de continuidade na mesma região, são exemplos de endemia.

EPIDEMIA

Não deve ser considerada como um tipo especial de uma doença e sim como parte de um complexo processo de distribuição de patologias no tempo e no espaço. O serviço de saúde permite uma aproximação à fase endêmica ou epidêmica, em que se encontram especialmente as sujeitas a quarentenas e vigilância.

A classificação oficial é a CID (Classificação Internacional de Doenças) é uma das principais ferramentas epidemiológica utilizada na rotina médica. Foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que considera epidemia se a cada 100 mil habitantes, 300 tiverem a mesma doença no mesmo local.

As doenças classificadas como epidêmicas, em geral, apresentam caráter transitório, que ataca simultaneamente, grande número de pessoas ou animais em uma determinada localidade, acima da média esperada.

A primeira epidemia relatada foi a varíola em 1563 surgiu com a vinda dos portugueses e atingiu principalmente os indígenas através do contato com pertences pessoais e roupas dos europeus contaminadas.

A doença foi erradicada, segundo a OMS, em 1980 depois de 417 anos de luta.

A dengue e a Zica vírus, hoje, são consideradas epidemia.

A nova coronavírus é, no momento, considerada epidemia.

PANDEMIA

Quando o corre uma epidemia e a mesma espalha-se por mais de um país ou continente, vitimando milhares de pessoas, temos o que se considera pandemia.

Exemplo: Síndrome da deficiência imunológica adquirida (AIDS), gripe asiática, peste suína, tuberculose.

A nova Coronavírus é vista com preocupação pelas organizações de saúde mundial uma vez que tem causado muitas vítimas em ritmo ascendente na China com risco de se espalhar por outros países e continentes, podendo levar a pandemia.

A maioria dos países já tomam precauções visando a preparação para reduzir ao máximo a possibilidade de contaminação.

Há quem afirme que essa virose inevitavelmente entrará no Brasil e a produção de vacinas e cuidados higiênicos estão entre os principais instrumentos de prevenção.

Desejamos viver bem, com saúde, segurança, paz e ter vida longa e prazerosa.

Buscar a informação, agregar conhecimentos e aplicar em benefício próprio, da família, dos amigos e dos pets, é o caminho.

Leia também: Coronavírus e Suas Consequências no Cinema, TV e Séries

Você praticou uma boa ação hoje? Segundo a Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam”.

Muito obrigado.

Leia também: O Rato, o Cão e o Homem de Colarinho Branco: qualquer semelhança não é mera coincidência!

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Aloizio Apoliano
O Blog meu pet saudável foi criado pelo Médico Veterinário Aloízio Apoliano Cardozo, M.S. pela U.F.V. MG, pós graduação em Clínica Médica Cirúrgica de Pequenos Animais pela Qualittas, pós graduação em dermatologia pela Equalis e participação em vários eventos como Congresso, Simpósio, cursos, palestras , dentre outros, promovidos pela Qualittas e ANCLIVEPA. Atuou por diversos anos prestando Assistência Técnica e Extensão Rural, teórica e prática, com metodologia grupal, aos pecuaristas pela ACAR-GO (Associação de Crédito e Assistência Rural do Estado de Goiás) e EMATER-GO ( Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás). É Diretor do Consultório Veterinário Popular e proprietário de uma loja de Produtos Veterinários: medicamentos, rações, vacinas e acessórios diversos para pet. Trabalhou como voluntário plantonista no Centro de Valorização da Vida (CVV) e no Hospital das Clínicas(HC) da UFG, fazendo palestras para os pacientes, sobre estilo de vida, alimentação saudável e mensagens musicais; participou de vários cursos de dança de salão com professores Jaime Aroxa e Carlinhos de Jesus; foi fundador da Academia de Dança Bolero Passos e Compassos: ministrou curso de dança de salão para pessoas carentes na Paróquia São francisco de Assis contribuindo para um crescimento físico, moral e espiritual. É sócio da Associação Nacional de Clínicos de Pequenos Animais e possuidor do selo de qualidade ANCLIVEPA -BRASIL.

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