A ESPINGARDA
A espingarda, até então sem uso, estava guardada na pequena casa sede da propriedade e por diversas vezes pensei em me desfazer dela.
Um certo final de semana recebi a visita da Zélia , uma cunhada e esposo vindos de Brasília e fomos a uma pequena fazendinha de minha propriedade.
Tinha um galpão recém construído e instalações para o gado, curral, cobertura para bezerros, um tronco ou brete e um corredor com um grande bebedouro com boia de onde saiam várias cercas de arame liso formando a divisão de pastagens.
A POMBA DO BANDO.
O ambiente favorecia à presença de aves e pássaros silvestres.
Em frente à casa sede, havia uma árvore desfolhada, onde uma pomba do bando pousou no galho seco, no Alto. Era mês de julho.
O EXÍMIO ATIRADOR
De repente o marido da minha cunhada, jovem apessoado, cor clara e olhos gazeos, se auto intitulando de “exímio atirador”, pediu uma espingarda e me propôs a aposta: “Se eu atirar e acertar a pomba do bando, posso ficar com a espingarda”?
É necessário esclarecer que naquela época, em torno dos meses de junho, julho de 1971 a caça e pesca não sofria restrição e era prática rotineira.
Eu concordei com um leve sinal com a cabeça: Meu dilema estava entre o desejo da liberdade da pomba do bando e o de me desfazer da espingarda.
Pensativo, busquei a espingarda, ainda confuso e refletindo sobre a situação indesejada, e, antevendo a grande probabilidade dos chumbinhos esparramados acertarem a pomba do bando, quando ia entrega-la, talvez antes que o remorso se apoderasse de mim, peguei uma pedra e espantei a pomba do bando, deixando o exímio atirador desapontado. Em seguida peguei a espingarda e em silencio coloquei nas suas mãos, na condição que ele a utilizasse como um troféu.
O PET
O pet da família que estava latindo insistentemente passou a passear entre as pernas, balançando o rabo, como que, solidário e satisfeito com o desfecho do ocorrido e aprovando a decisão.
Estudos e relatos tem observados que os cães tem revelado cada vez mais prever a iminência de que algo desagradável está por acontecer, revelar sentido de gratidão, companheirismo e amor dentre outros.
O cão, muitas vezes, deixa de ser ” o melhor amigo do homem ” e passa a fazer parte da família, como um membro da família, pelas inúmeras virtudes. Alguns chegam a auxiliar pessoas com deficiências visuais, sendo conhecido caso de aconselhamento Médico quanto a aquisição de um filhote por pessoas portadoras de câncer, tamanha sua contribuição no tratamento.
Muito obrigado.
VOCÊ JÁ PRATICOU UMA BOA AÇÃO HOJE?
Procure sempre proteger os animais.
Para maiores informações, orientações e indicações,
CONSULTE UM MÉDICO VETERINÁRIO.
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