Microbiota ou microbioma é o conjunto de todas as comunidades de micróbios que habitam uma certa parte do corpo como pele, cabelo, cavidade oral, vias respiratórias, trato gastrointestinal, trato urinário e cérebro de cães, gatos e outros animais.
A maioria são bactérias.
São encontrados também fungos, protozoários e virus. A maioria dos residentes no corpo são anaeróbicos.
Muitos desses microbiotas são inquilinos do organismo e usufruem do abrigo e do alimento prestando serviços que contribuem com a saúde. Alguns não ajudam, mas também não atrapalham. Outros ainda, vivem no organismo numa relação de mutualismo ou simbiose.
O pet como hospedeiro e os microbiotas como hóspedes, numa relação de co-dependência e trocas de favores.
Há no entanto os microorganismos que prejudicam demais o bem-estar, sendo cada vez mais relacionados a condições alérgicas, problemas de pele, diabetes, obesidade, doenças reumáticas, problemas autoimunes dentre outros.
É importante saber a questão de equilíbrio, de saber quais populações estão dominando o ambiente do corpo e procurar estabelecer a primazia das que nos fazem bem.
Sabemos que o uso de antibióticos deve ser feito com cautela pois a aplicação indiscriminado pode eliminar microbiotas úteis ao organismo.
PAPEL DOS MICROBIOTAS
Os microbiotas que ajudam com a saúde funcionam como a primeira linha de defesa contra diferentes patógenos microbianos, auxilia na digestão e contribui para a maturação do sistema imunológico. Eles estão em equilíbrio e contribuem para a saúde na síntese e absorção de vitaminas; evita colonização por patógenos; pode antagonizar outras bactérias; estimular e promover a produção de anticorpos naturais; estimular o desenvolvimento de alguns tecidos.
FATORES QUE PODEM ALTERAR A MICROBIOTA.
Alguns fatores externos e endógenos podem alterar a microbiota drasticamente levando ao desenvolvimento de populações de patógenos oportunistas.
Dentre os fatores que mais influenciam no estabelecimento da microbiota temos a alimentação, as condições ambientais e hábitos de higiene, metabolismo (fatores hormonais), idade e genética.
Hábitos alimentares ricos em fibras, como por exemplo um velho e bom prato colorido de verduras e frutas é o ideal.
Fugir dos alimentos industrializados, evitar ao estresse, má digestão, excesso de bebida alcoólica e evitar excesso de exercício físico (que provoca alto consumo de oxigênio).é tudo de bom para a saúde.
O hábito a ser cultivado deve ser descascar mais e desembrulhar menos.
Já os alimentos industrializados reduzem, desregulam e contribuem para a quebra desse equilíbrio.
Quando foi feito o sequenciamento do genoma humano e em seguida o do microbioma, obteve-se conhecimento até então desconhecido sobre essa interação equilibrada entre microbiota X organismo e sua importância para a saúde.
Quando, por um motivo ou outro ocorre diminuição das bactérias boas ou aumento das ruins, aparecem as doenças: diabetes, obesidade, depressão, gastrite, úlcera péptica, câncer do estomago e outros processos inflamatórios causados pela infecção da Helicobacter pylori e que costuma aumentar com a idade, com a falta de higiene e até mesmo no beijo ou outro tipo de contato próximo.
DISBIOSE
Quando o corre a disbiose ou seja o desequilíbrio na microbiota é sinal de que está associada às doenças vindo a ocasionar muitos problemas, principalmente no cão.
O uso indiscriminado de antibióticos interferem negativamente na microbiota matanto as bactérias boas quanto as ruins. Eles matam todas.
Claro que os antibióticos são necessários. Quando não existiam morria-se cedo de doenças que hoje são tratáveis. O questionamento é sobre o seu uso.
O recomendável é ser usado com critério e sob orientação do Médico Veterinário.
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