CARRATO
Carrato era um jovem natural de Juiz de Fora – MG, 40 anos completos, porte atlético, cabelos longos, lisos, sedosos, olhos azuis e com aparência de cigano bem cuidado. Era registrado na Escola Espaço Criativo Ltda. como professor de Educação Ambiental e circo.
Tinha uma guitarra, uma cadelinha e estava querendo tomar uma decisão: alugar um imóvel mobiliado que ficasse próximo ao seu trabalho com valor do aluguel dentro do seu orçamento, pois, conforme disse, tinha acabado de sair de um relacionamento e um salário modesto.
O CONTRATO
Dia 7 de março de 2018, após a vistoria e aprovação, formalizamos o contrato e na entrega das chaves aproveitei para apresentar a vizinha, uma estudante da Universidade Católica, aparentemente possuidora de bons princípios morais e religiosos.
Não foi exigido fiador e o contrato foi o mais simplório possível, fatos que agradaram muito ao professor.
Quanto ao pagamento do aluguel ficou combinado que seria realizado em depósito na conta bancária e o comprovante do depósito fotografado e enviado pelo WhatsApp.
Nosso relacionamento era respeitoso e formal.
Quando o depósito demorava cair na conta, fato rotineiro, era enviada um discreto “bom dia professor Carrato. Como vai. Tudo bem?
Ele compreendia e respondia que ia providenciar o depósito no dia seguinte. E assim se passaram quase dois anos.
No dia 7 de fevereiro de 2020, o professor Carrato telefona informando que estava desocupando o imóvel e que deixaria as chaves com a vizinha.
A INUSITADA DECISÃO.
Cinco dias depois fui receber as chaves na vizinha e fazer a conferência. Aí veio a surpresa: roupas por lavar, camisas, calças, bermudas, shorts, meias, cuecas, toalhas, livros, apostilas cadernos, tênis, duas bolas de couro, quadros, uma impressora, objetos jogados sobre o sofá, cama e três caixas grandes de papelão vazias; pratos e panelas por lavar amontoadas sobre a pia da cozinha. Tinha também dois suportes para microfones e uma guitarra. A impressão foi que teve que sair às pressas.
A GUITARRA.
Era uma bela guitarra elétrica, pesando 3,5 kg, cor preta da marca Memphis by Tagima MG 230, companheira do Carrato, na foto do WhatsApp.
Uma semana depois o Imóvel foi alugado para outro inquilino.
As roupas após retornarem da Lavanderia, juntas com os demais objetos e a guitarra, foram guardadas à espera do seu legítimo dono, que não retornou o contato, nem forneceu seu novo endereço nem deu pistas sobre a urgente e inusitada decisão.
A BELINHA
Era uma cadelinha mestiça, pequeno porte, carinhosa de cor preta com marrom e que a vizinha vendo a situação de abandono, pegou para cuidar. Nas poucas vezes que lá estive, costumava fazer afagos e brincar com a carinhosa cachorrinha.
Quando me viu, foi uma festa. Sentei no chão, ela veio se requebrando e balançando o rabinho receber o afago, o carinho e o abraço. Me senti um homem doméstico, acariciando um animal humanizado.
Agora sempre acompanhada, alimentada com ração de qualidade, vitamina, vermífugo, ectoparasitas, vacinas e visita ao Médico Veterinário, estava saudável e feliz.
Fico a imaginar. Deixar um xodó para traz é difícil. Dois xodós, deve ser bastante traumático.
É muito importante levar seu cão para fazer uma consulta de bem estar pelo menos uma vez ao ano.
Muito obrigado Thaís por acudir a belinha evitando tédio, stress e as consequências do abandono.
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Lembro que não tenho nenhum conchave com laboratórios e nem tenho patrocinadores. CONSULTE SEMPRE UM MÉDICO VETERINÁRIO.
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