O QUE É?
A leucemia felina é uma doença que acomete especificamente os gatos, causada por retrovírus (vírus que fazem a retrotranscrição ou seja, forma DNA a partir do RNA) oncogênico.
Frequentemente está associado ao linfoma em felinos domésticos. Não é uma zoonose mas é altamente contagiosa entre eles.
O retrovírus possui genoma constituído por RNA (fita simples), compromete as defesas imunológicas dos felinos (domésticos e selvagens) e os tornam vulneráveis a doenças infecciosas, cicatrização mais lenta de feridas, lesões na pele, desnutrição, fraqueza e problemas reprodutivas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
1 – Anemia severa, geralmente não regenerativa. Provocada pelo FeLVC,
2 – Anemia autoimune ou por micoplasma (hemobartonela).
Citopenia – (redução de um certo número de células)
– neutropenía (contagem anormalmente baixa de neutrófilos´) persistente ou cíclica.
– trombocitopenia (número de plaquetas reduzidas)
– anisocoria. (Tamanho desigual da pupila)
– gato com estomatite que não melhora nunca.
– Odor muito forte na boca.
– gato com diarreia, desidratação, dificuldade de locomoção.
– gato se arrastando.
– gato que para de andar.
DOENÇA COMPLICADA.
A FeLV é uma doença mais complicada do que a FIV. Acarretando uma baixa taxa de sobrevivência entre os animais infectados e elevada mortalidade, chegando a atingir uma taxa de mortalidade de até 80% em três anos.
Faz parte da família Retroviridae, é membro do gênero Retrovirus (Produz DNA a partir da transcrição reversa do RNA) gama e é muito semelhante a FIV.
Subtipos
A, B, C, e T, sendo o A menos patogênico e o T o mais patogênico.
TRANSMISSÃO
-salivas e secreções nasais são as formas mais importantes
-fômites (objetos contaminados) mordidas, lambeduras.
– contatos prolongados.
PATOGENIA
Vai depender da cepa viral, da quantidade que o gato foi injetado da carga viral, e da imunidade, da idade e da resistência orgânica.
Gatos com até quatro meses de idade são mais vulneráveis e mais afetados pelas doenças concomitantes.
Gatos acima de um ano são mais resistentes ao contato.
A INFECÇÃO
1 – O vírus penetra por via oronasal e replica em linfócitos, infestam pequena quantidade de monócitos e macrófagos, que serão filtrados pelos linfonodos e começam a se disseminar.
2 – Em seguida o vírus, já na corrente sanguínea, se distribui pelo corpo.
3 – provocando o enfraquecimento do sistema imune devido a morte dos linfócitos B.
4 – o vírus chega na medula, se replica e infecta os linfócitos, neutrófilos, e eosinófilos em formação. O vírus pode ficar por muito tempo na medula e fatores estressantes podem favorecer o surgimento de virose incubada.
5 – Pode haver presença do vírus também nas mucosas, nas glândulas salivares e no revestimento de órgãos.
TESTES DIAGNÓSTICOS
O teste Elisa pode dar negativo entre 4 a 8 semanas,
O teste PCR(medula) dá positivo
Quando o vírus é jogado da medula para a circulação, o teste dá positivo.
DIAGNÓSTICO
Pelo teste Elisa e/ou PCR
Os gatos com acesso à rua devem passar pelo teste Elisa e repetir anualmente, mesmo os vacinados.
TRATAMENTO
1 – inespecífico
-conter infecção secundária
– fazer transfusão se possível
– utilizar protocolos quimioterápicos
2 – específico
– antiviral
– AZT
RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS:
-Utilizar vacinas inativas para gatos
-Avaliações semestrais para gatos FeLV positivo, principalmente função hepática e renal, fazer US
– manter gato FeLV + mais indoor e isolados.
– Testar todos os gatos do tutor e de gatís.
PROGNÓSTICO
Sobrevida de 3 a 4 anos, mas pode ser de seis meses a um ano, se a doença for proliferativa, anemia progressiva e induzir neoplasia ( linfoma),através da mutagênese insercional adquirida somaticamente, ativando o proto-oncogenes ou interrompendo um gênese supressor de tumor.
Quando a doença atinge a medula óssea e impede a produção de glóbulos brancos para a sua defesa, é o início da fase terminal. Quando o vírus atinge todo o organismo, a saúde do animal fica muito debilitada e o mesmo pode sentir fortes dores. É quando o tutor começa a pensar em Eutanásia.
PREVENÇÃO
-Vacinação
-Manter os gatos dentro de casa
– Evitar contato com gatos de rua
– Realizar a castração a fim de reduzir as chances de fugas, brigas e agressividade.
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