Ensinar sem destratar, instruir sem agredir, conviver sem ofender: Dignidade!

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É possível ensinar sem destratar! Instruir sem agredir e conseguir conviver sem ofender! E não se trata apenas de fraqueza ou submissão, e sim de Dignidade!

ensinar sem destratar, instruir sem agredir, conviver sem ofender: Dignidade!

No dia 02.02.2020, recebi duas histórias que guardam grande relação com o título acima.

A primeira história me foi enviada pelo Advogado e escritor Dr. Hélio Cardozo que tem como hobby além de escrever, andar de bike aos domingos e viajar pelo mundo.  

Conhecendo muitos países, cada um com sua “cultura” sempre tem uma boa história para contar.

A segunda história, mais precisamente um depoimento, me foi feito pela pedagoga e professora aposentada, conhecida carinhosamente por Nute.

A PRIMEIRA HISTÓRIA

“Um jovem encontra um senhor de idade e lhe pergunta:

– O senhor lembra de mim?

E o senhor de idade diz: NÃO.

Então o jovem diz que ele era aluno dele.

E o professor pergunta:

– O que você está fazendo? o que você faz para viver?

O jovem responde:

– Bem eu me tornei professor.

– Ah, que bom como eu? Disse o senhor de idade.

– Pois sim.

Na verdade, eu me tornei professor porque o senhor me inspirou a ser como o senhor.

O idoso, curioso, pergunta ao jovem que momento foi que o inspirou a ser professor.

O jovem conta a seguinte história:

– Um dia, um colega meu, também estudante, chegou na escola com um relógio de bolso, novo e bonito, e eu decidi que queria para mim e eu o furtei, tirei do bolso dele sem ele perceber.

Logo depois, meu colega notou que tinha sido furtado e imediatamente reclamou ao nosso professor, que era o senhor.

Então o senhor parou a aula e disse:

– O relógio de um colega de vocês sumiu durante a aula.

Quem se apossou dele, devolva-o.

Eu não devolvi porque não queria fazê-lo.

Então o senhor fechou a porta e disse para todos nós levantássemos e iria vasculhar nossos bolsos até encontrar o relógio.

Mas, nos disse para fechar os olhos, porque só procuraria se todos tivéssemos com os olhos fechados.  

Então fizemos, e o senhor foi de bolso em bolso, e quando chegou ao meu, encontrou o relógio e o pegou.

O senhor continuou procurando nos bolsos de todos e, quando terminou, disse:

– Abram os olhos. Já temos o relógio.

O senhor não me disse nada e nunca mencionou o episódio.

Nunca disse quem foi que furtou o relógio.

Naquele dia, o senhor salvou minha dignidade para sempre.

Foi o dia mais vergonhoso da minha vida.

Mas também foi o dia em que minha dignidade foi salva de não me tornar marginal, ladrão, má pessoa…

O senhor nunca me disse nada e, mesmo que não tenha me repreendido ou chamado minha atenção para me dar uma lição de moral, recebi a mensagem claramente.    

E, graças ao senhor, entendi que é isso que um VERDADEIRO EDUCADOR deve fazer.

O senhor se lembra desse episódio, professor?    

E o professor responde:

– “Lembro-me da situação do relógio furtado, que procurava em todos, mas não me lembro de você, porque também fechei os olhos enquanto procurava”.  

A SEGUNDA HISTÓRIA

Nute era aluna do curso de Pedagogia e tinha muita dificuldade na disciplina Filosofia Educacional II principalmente no que diz respeito a interpretação de pensamentos e teorias de filósofos, pensadores e estudiosos famosos como Aristóteles, Immanuel Kant, Sócrates, Platão, Renê Descartes, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Thomás de Aquino, Friedrich Nietzsche, Nicolau, Maquiavel, Émile Durkheim, Max Weber, Karl Marx, Pitágoras.

No entanto era admiradora do físico e matemático alemão prêmio Nobel em 1921 Albert Einstein, o homem que com suas descobertas tornou-se sinônimo de inteligência e provocou uma verdadeira revolução do pensamento humano, com interpretações filosóficas das mais diversas tendencias.

No dia da prova, Nute falou para a professora que tinha muita dificuldade com a matéria. A professora não só compreendeu como também a liberou da prova, pediu que estudasse mais, se preparasse melhor e marcou para fazer a prova na casa dela. E assim foi.

Feito a prova na data marcada, a professora perguntou:

– E aí o que achou da prova? qual a nota você acha que merece?

Nos casos citados, temos a conduta de dois educadores, exemplos de como educar sem maltratar, sem insultar, sem ofender.

Existem, no entanto, registros antigos e atuais de comportamentos dissonantes de professores e educadores que chamam atenção e repreendem, em voz alta, alunos na frente dos outros alunos e de estranhos em Academias de Musculação, Escolas, Colégios, Faculdades, gerando, muitas vezes, revides com cenas de agressividade e violência.

Provavelmente, essa não é a conduta esperada de um professor uma vez que a regra e a essência do ensino, deve levar em conta as particularidades de cada um e da maneira como reage diante das circunstâncias

Albert Einstein, por exemplo, fez pose com a língua para fora ao ser assediado e fotografado saindo de uma festa.

Alguns católicos, na fila da comunhão, preferem receber a hóstia na boca. Outras nas mãos.

Todos nós, professores e alunos, temos muito a crescer. Essas duas histórias sugerem um crescimento no sentido de:

– Ensinar sem destratar,

– Instruir sem agredir,

– Corrigir sem denegrir,

– Conviver sem ofender.

A disciplina e a ordem devem ser alcançadas com tato e sensibilidade e a busca do viver sem fingir, escutar sem julgar, amar sem exigir e falar sem ofender deveria ser a regra.

Por outro lado, observa-se que a base familiar não está conseguindo dar amor nem estabelecer limites aos seus filhos e o estado e a escola não são capazes de conseguir a necessária transformação. 

O respeito à dignidade e o livre arbítrio devem ser mantidos, sob pena de tornarem fortes aliados e estimulantes da violência e induzir, no mínimo ao gesto do filósofo Albert Einstein quando já cansado, foi assediado para tirar uma foto no final dos festejos do seu aniversário.

Inúmeros relatos de revides e agressões de alunos mal criados e mal educados contra valorosos professores e dignos colegas, tem se tornado público e está passando da hora das autoridades e familiares determinar as causas e estabelecer medidas preventivas.

Antes, no tempo do Liceu os alunos uniformizados tinham um número de identificação e eram monitorados por funcionários chamados Bedel (chefe de disciplina em escolas) tanto dentro como fora do ambiente escolar. Havia mais disciplina e respeito entre alunos e professores, alunos e funcionários e entre os próprios alunos. Mesmo assim, existia a tradição da prática do “trote”. Eu mesmo fui “convidado” para medir o campo de futebol de salão com um palito de picolé. Quando, após muito tempo agachado estava terminando um veterano esbarrava no meu braço e dizia: “errou “e “recomendava” iniciar nova medição.

Depois surgiu o “bullying”, da palavra inglesa bully, que significa tirano, valentão, prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas.

Atualmente surgiu a roleta humana, conhecida como rasteira, onde três estudantes um ao lado do outro, com a vítima no meio, é induzida a dar um pulinho e nessa hora leva traiçoeira, surpreendente, covarde e maldosa rasteira.

Uma jovem de 16 anos veio a óbito na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte (RN) no final de 2019 em função dessa brincadeira que viralizou na mídia e na internet.

Em nossa sociedade, a família e a escola são as duas principais instituições responsáveis pela formação do ser humano. A educação informal é proporcionada pela família e começa no nascimento. Nela, a criança aprende diferenciar o certo do errado, de acordo com o núcleo em que está inserida. Já a educação formal é oferecida na escola. As duas possuem funções e objetivos diferentes.

O filósofo espanhol Fernando Savater faz uma síntese dizendo: “Eu não desprezo a Educação paterna e materna, mas tampouco vamos pensar que todos os pais têm ideias que devem ser perpetuadas. Se os pais ensinam coisas consistentes é ótimo, senão a sociedade tem que ensinar, porque os valores que devem ser transmitidos não são apenas valores familiares, são valores sociais, influenciando de maneira expressiva na formação moral das crianças e dos adolescentes, quer queira ou não.”

Defende ainda que “o desenvolvimento da moralidade está relacionado a qualidade das relações que se apresentam nos ambientes sociais nos quais o indivíduo interage se mais cooperativos ou autoritários.”

Os pets como membro da família, também precisam ser educados, necessitam de medidas preventivas contra doenças na busca de uma vida longa e saudável.

Sensíveis como são, tem suas particularidades. Podem agredir quando atacados ou se apegar mais às pessoas que os tratam com carinho; é por isso que em uma família com 5 pessoas, por exemplo, o cão escolhe e passa ter maior afinidade a quem disponibiliza cuidado, carinho, atenção.

– Adestrar / ensinar sem destratar,

– Treinar e instruir sem agredir,

– Repreender, corrigir e passear sem maltratar.

– Manter em dia protocolos profiláticos, deixar água abundante, ração de qualidade, brinquedos, caminhadas, visitas ao Médico Veterinário e outros cuidados necessários a manutenção de uma vida saudável. Essa é a regra.

Com os gatos, a máxima de que devagar se vai ao longe, se aplica muito bem. Os gestos devem ser suaves e a voz deve ser baixa pois eles têm uma capacidade auditiva 4 vezes maior do que os humanos e são possuidores de alta sensibilidade.

Você já praticou uma boa ação hoje? Para outras informações sobre pets e curiosidades, acesse: www.meupetsaudavel.com

Muito obrigado.

Leia também: E A COISA ESTÁ RUÇA! HAJA ADVERSIDADES!

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Aloizio Apoliano
O Blog meu pet saudável foi criado pelo Médico Veterinário Aloízio Apoliano Cardozo, M.S. pela U.F.V. MG, pós graduação em Clínica Médica Cirúrgica de Pequenos Animais pela Qualittas, pós graduação em dermatologia pela Equalis e participação em vários eventos como Congresso, Simpósio, cursos, palestras , dentre outros, promovidos pela Qualittas e ANCLIVEPA. Atuou por diversos anos prestando Assistência Técnica e Extensão Rural, teórica e prática, com metodologia grupal, aos pecuaristas pela ACAR-GO (Associação de Crédito e Assistência Rural do Estado de Goiás) e EMATER-GO ( Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás). É Diretor do Consultório Veterinário Popular e proprietário de uma loja de Produtos Veterinários: medicamentos, rações, vacinas e acessórios diversos para pet. Trabalhou como voluntário plantonista no Centro de Valorização da Vida (CVV) e no Hospital das Clínicas(HC) da UFG, fazendo palestras para os pacientes, sobre estilo de vida, alimentação saudável e mensagens musicais; participou de vários cursos de dança de salão com professores Jaime Aroxa e Carlinhos de Jesus; foi fundador da Academia de Dança Bolero Passos e Compassos: ministrou curso de dança de salão para pessoas carentes na Paróquia São francisco de Assis contribuindo para um crescimento físico, moral e espiritual. É sócio da Associação Nacional de Clínicos de Pequenos Animais e possuidor do selo de qualidade ANCLIVEPA -BRASIL.

1 COMENTÁRIO

  1. Ótimo trabalho!
    Após perder muito tempo na internet encontrei esse blog
    que tinha o que tanto procurava.
    Gostei muito.
    Meu muito obrigado!!!

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