Entenda melhor sobre o apego do pet com o seu tutor.
APEGO
Apego é uma dedicação afetuosa, constante e excessiva a um ser animado ou inanimado. Sentimento de afeição, de simpatia por alguém ou por alguma coisa: apego às pessoas, apego do filhote à mãe, apego do pet ao tutor. É uma amizade, afeto, amor, benevolência, simpatia, ternura e afeição que é construída através do tempo.
A relação entre o filhote ao nascer e sua mãe surge e influencia o desenvolvimento por toda a vida.
VINCULO MÃE-FILHOTE
Os poucos estudos realizados nos EEUU sobre o vínculo formado entre o filhote e a mãe revelam que além de ser prazeroso e benéfico para a saúde física e mental, consiste em uma forma de garantia de sobrevivência. “O comportamento de apego está enraizado em todos os seres vivos e é considerado tão fundamental quanto outros comportamentos intrínsecos dos seres humanos ou animal como o reprodutivo e de sobrevivência”, segundo o Psicólogo e Pedagogo John Bowlby.
O filhote recém-nascido é incapaz de cuidar de si próprio. É dependente da mãe para conseguir alimento e para sua segurança.
Bem no auge do apego com a mãe o vínculo é interrompido e o filhote, com aproximadamente 45 dias é separado e passa a sofrer as consequências negativas dessa privação. Levado para conviver em outro ambiente, com pessoas diferentes, com hábitos diferentes e isso, provavelmente, pode gerar um sentimento de insegurança, angústia e aflição. O alívio e a conquista do novo equilíbrio aparece com o surgimento da mãe-tutor. Um novo vínculo se inicia e um novo apego se estabelece e o cãozinho, agora sem a atenção da mãe fica na dependência dos cuidados do tutor que se dispõe à cuidar com o mesmo zelo que lhe seria proporcionado pela mãe, acrescido dos cuidados profiláticos
Veja artigo sobre profilaxia: 6 DICAS BÁSICAS SOBRE PROFILAXIA PET.
O cão é todo amor, alegria, afeto, carinho e acima de tudo agradecimento. Assim ele se volta para o seu tutor, que se torna o centro de suas atenções. Seu olhar é todo do tutor. Seus passos, seus gestos, sua alegria. Tudo é dividida com o tutor, não importa seja Ele possuidor de posses ou não, se é bom caráter ou não. O apego está consolidado. Não é por acaso que o cachorro se tornou um dos animais de estimação mais populares e queridos do mundo inteiro. A devoção, a lealdade, a sensibilidade, o carinho e a alegria inerente desses peludos conquistam qualquer coração a ponto de ser impossível viver sem eles.
A ação de conviver e o vínculo emocional saudável e prazeroso dá a relação um ar de felicidade em qualquer local: na casa, na feira, no supermercado, no hospital, na delegacia e em outros locais inusitadas.
NA FEIRA DO PRODUTOR
Há muito, cultivo o hábito de frequentar aos sábados bem cedo, à feira do produtor na expectativa de adquirir produtos in natura, saudáveis e de fonte conhecida.
Um senhor simples de aproximadamente 50 anos com algumas sacolas, caminhando no meio da feira era seguido atentamente por dois cães SRD, cor amarela amarronzada, de aproximadamente 3 a 5 anos, chama minha atenção. Os cães pareciam felizes e rabo balançando de um lado para o outro e o olhar atento em direção ao tutor, mantinha o foco e não deixava dúvidas.
NO SUPERMERCADO
Outro dia, ao entrar em um supermercado vi na entrada, quase no interior, um cãozinho de pequeno porte, SRD, cor marrom, de 2 a 3 anos, agachado e bem comportado, com olhar atento voltado para o interior do supermercado indicando que estava aguardando alguém. Ao retornar lá estava o cachorrinho, com a mesma postura com a mesma atenção, com o mesmo foco, esperando, pacientemente o seu tutor…
NO HOSPITAL.
Na porta principal do hospital uma ambulância parada, com as portas abertas quando se aproxima dois enfermeiros conduzindo uma maca com um paciente. Um cãozinho pequeno porte e SRD, 2 a 3 anos, vinha seguindo e ao ver seu tutor na maca sendo colocado dentro da ambulância, imediatamente pulou para junto do tutor.
NA DELEGACIA
Um tutor cometeu um delito e foi recolhido às dependências da polícia civil. Seu Pet o acompanhou e permaneceu no local até que o mesmo fosse liberado.
Esses quatro relatos são uma pequena amostra de inúmeros exemplos de pets que ficam no pé do tutor.
POR QUE SERÁ QUE O PET COSTUMA FICAR NO PÉ DO TUTOR?
O cachorro considera o tutor um líder de matilha e por isso gosta de estar sempre perto o mais próximo possível por sentir bem estar, seguro e protegido.
O saudoso professor e sociólogo doutor Edgard Vasconcelos Barros em seu livro Sociologia Rural relata: “o ser humano busca na vida, basicamente duas coisas: segurança e bem estar”. Na realidade, o ser humano nasce, cresce, ama, sofre e morre.
Com os pets acontece o mesmo. Eles também buscam segurança, bem estar. Também amor, atenção, carinho, companheirismo, proteção. E são muito agradecidos. O tutor não pode se descuidar nem perder a consciência de que o pet necessita muito mais do que comida.
Ele necessita de ração de qualidade, muita água filtrada, vitaminas, controle de parasitas, vacinas, higiene, visita ao Médico Veterinário e carinho dentre outros cuidados.
Como alerta, fica o lembrete de que se seu pet ficar excessivamente possessivo ou excessivamente dependente de você será necessário exercitar a socialização e ensinar através de estímulo x resposta x recompensa, que você precisa de momentos para conviver e dar atenção a outras pessoas.
Será que uma reflexão sobre como estou cuidando do meu pet não seria importante para dar um diagnóstico, melhorar sua qualidade de vida e retribuir o carinho, a atenção e o amor que ele me dedica?
O que eu acho que sei sobre meu pet? Sei identificar as suas reais necessidades? Estou sabendo cuidar adequadamente? Procuro informações e conhecimentos que me ajudem a conservar o meu pet forte, saudável e apegado de forma dosada?
Que tal refletir um pouco sobre isso?