CINOMOSE: Sintomas, Prevenção e Tratamento

1
762
cão com cinomose
cão com cinomose

CINOMOSE: Sintomas, Prevenção e Tratamento

O que é Cinomose, qual a sua origem, características, sintomas e tratamento.

ORIGEM

Procedente da Ásia, de onde se espalhou para a Europa, no século XVIII e posteriormente na américa do sul.

SINÔNIMOS E CARACTERÍSTICAS

A cinomose é conhecida também como doença dos cães jovens, doença de Carré, garrotilho dos cães, é uma doença virótica que foi fatal aos cães durante a metade do século XX e continua causado alto índice de mortalidade nos cães até os dias de hoje.

Os estudos sobre sua natureza altamente contagiosa foram primeiramente desenvolvidos por Carré já no século XIX em 1905, considerando-a uma enfermidade causada por vírus. (Osmane Hipólito)

Mas no início, surgiram muitas confusões na história desta doença que, pouco a pouco, foram sendo esclarecidas.

ETIOLOGIA

Vírus CDV (Canine Distemper Virus), ou (VCC) Vírus da Cinomose Canina, da família Paramyxoviridae.

Se apresenta   nos cães, principalmente nos jovens, sob forma clinica diversas podendo comprometer diversos sistemas do organismo. Assim podemos ter as formas pneumônica, digestiva, intestinais, epiteliais, viscerais, oculares, otológicos, urinárias e nervosa, fase, em geral mais avançada, em que o animal pode parar de andar e apresentar “ticks” nervosos, nas patas, cabeça ou músculos.

 A evolução da doença varia com estado físico do animal, com o grau de virulência do agente causador e com a gravidade das manifestações clinicas.

Portanto, o quadro clínico pode conter sintomas dos mais variados e pode estar localizado em um ou vários sistemas.

No caso de atingir o sistema nervoso, a cinomose pode ser confundida com a raiva, zoonose perigosa, cuja vacinação dos animais é obrigatória, por lei.

A forma considerada benigna (forma dermatológica) o animal pode se restabelecer, mas em geral, apresentam sequelas.

Nas formas mais agressivas os índices de mortalidade podem atingir a faixa de até 70%, principalmente em cães novos e debilitados.

Com o aparecimento das vacinas de vírus vivo modificados, houve uma queda drástica no índice de mortalidade, mas nos últimos anos a incidência parece ter aumentado, tornando-se uma doença mais prevalente em cães, e em outros animais carnívoros, devido ausência, atraso ou falhas na vacinação e/ou imunização insuficiente, segundo APPEL E SUIMMER, 1999.

SINTOMAS

Afetam principalmente cães que ainda não terminaram o esquema vacinal (filhotes) ou que não tem recebido reforço anual da vacina múltipla.

Essa enfermidade se caracteriza por apresentar febre, catarro nas mucosas oculares e nasal e outros sintomas dependendo da forma como é apresentado, se benigna ou de forma agressiva. Tem muito a ver com o grau de imunidade e resistência orgânica do animal.

Felizmente o vírus da cinomose é sensível a alguns tipos de desinfetantes, e já existem no mercado produtos que, além de desinfetantes, são também bactericidas, fungicidas e viricidas, a base de amônia quaternária. 

Quando aplicados previamente e de forma adequada, eliminam o vírus da cinomose que costumam permanecer no ambiente   por aproximadamente 3 meses, período muito curto se comparado com o vírus da parvovirose que costumam permanecer por um período de aproximadamente de 24 meses.

PREVENÇÃO

Quando os tutores cuidam dos animais como “filhos”, desenvolvem hábitos profiláticos, incluindo alimentação de qualidade, água potável a vontade, controle a ecto e endoparasitas, levam seus animais ao Médico Veterinário pelo menos uma vez ao ano e vacinam seus cães corretamente, contribuindo para que os virosos fiquem sob controle.

Quando esse hábito é descontinuado, ou fica descuidado, a doença volta acarretando morte do animal e dissabores para o tutor e família.

Portanto é imprescindível vacinar seu cão comprovadamente sadio, com vacina múltipla de qualidade, conservadas em geladeira a uma temperatura sob controle diário entre 2 a 8 graus e aplicada por pessoa habilitada.  O animal deve passar por um exame clínico e, após estabilizado, poderá ser vacinado e terá assegurada a proteção do seu pet contra cinomose e outras viroses.

Animal descompensado ou que apresenta algumas deficiências em suas funções vitais, não devem ser vacinados porque não dispõe de mecanismo imunológico capaz de reagir, de forma favorável, a ação da vacina.

DIAGNÓSTICO

Teste RT-PCR (reação em cadeia Polimerase), tem contribuído para o diagnóstico da cinomose.

Segundo Braz, 2009, amostras   de sangue, soro, urina secreção nasal, secreção ocular e fragmentos de órgãos podem ser utilizados para a detecção do vírus da Cinomose Canina.

TRATAMENTO

Ainda não há medicamentos antivirais eficazes par a cinomose.

Poderá oferecer uma medicação suporte como fluidoterapia, antipirético, antiemético, bronco dilatadores, vitamina B-1, minerais, anticonvulsivante, probióticos e prebióticos para dar um bom respaldo.

A aplicação de antibiótico para controlar infecção secundária, pode dar algum resultado conforme a grau de viremia e da resistência orgânica do animal.

Muito obrigado

VOCÊ JÁ PRATICOU UMA BOA AÇÃO HOJE?

PARA MAIORES INFORMAÇÕES, ORIENTAÇÕES E INDICAÇÕES, CONSULTE UM MÉDICO VETERINÁRIO.

Leia também: MEU CÃO ESTÁ ENVELHECENDO. O QUE FAZER?

Artigo anteriorCães envelhecendo, o que fazer?
Próximo artigoERLIQUIOSE, A “DOENÇA DO CARRAPATO”.
Aloizio Apoliano
O Blog meu pet saudável foi criado pelo Médico Veterinário Aloízio Apoliano Cardozo, M.S. pela U.F.V. MG, pós graduação em Clínica Médica Cirúrgica de Pequenos Animais pela Qualittas, pós graduação em dermatologia pela Equalis e participação em vários eventos como Congresso, Simpósio, cursos, palestras , dentre outros, promovidos pela Qualittas e ANCLIVEPA. Atuou por diversos anos prestando Assistência Técnica e Extensão Rural, teórica e prática, com metodologia grupal, aos pecuaristas pela ACAR-GO (Associação de Crédito e Assistência Rural do Estado de Goiás) e EMATER-GO ( Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás). É Diretor do Consultório Veterinário Popular e proprietário de uma loja de Produtos Veterinários: medicamentos, rações, vacinas e acessórios diversos para pet. Trabalhou como voluntário plantonista no Centro de Valorização da Vida (CVV) e no Hospital das Clínicas(HC) da UFG, fazendo palestras para os pacientes, sobre estilo de vida, alimentação saudável e mensagens musicais; participou de vários cursos de dança de salão com professores Jaime Aroxa e Carlinhos de Jesus; foi fundador da Academia de Dança Bolero Passos e Compassos: ministrou curso de dança de salão para pessoas carentes na Paróquia São francisco de Assis contribuindo para um crescimento físico, moral e espiritual. É sócio da Associação Nacional de Clínicos de Pequenos Animais e possuidor do selo de qualidade ANCLIVEPA -BRASIL.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui