O QUE É A FIV?
É considerada a AIDS do gato. É uma infecção causada pelo vírus da imunodeficiência felina, da mesma família do HIV.
COMO É O VIRUS
Esse vírus, fluido venenoso ou toxina, parasitam, obrigatoriamente, o interior das células.
É encapsulado, envelopado composto de duas camadas de lipídios, formando uma capa protetora muito resistente, chamada capsídeo. Quando se manifesta no gato provoca grande aumento da sensibilidade às infecções, principalmente as oportunistas.
É muito complexo. Possui enzima transcriptase reversa que garante a permanência nas células do hospedeiro e o animal não consegue nunca mais se livrar do virus.
O vírus faz transcrição reversa (formação de DNA a partir de RNA viral) e esse processo de se formar DNA a partir do RNA viral é denominado retrotranscrição, o que deu o nome de retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem o DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linhagem do DNA para RNA e são chamados de adenovírus.
Não é uma zoonose. Diagnóstico tardio costuma inviabilizar a cura .
Quando diagnosticada precocemente ela pode ser controlada, garantindo maior longevidade e qualidade de vida ao bichano .
SUBTIPOS.
Há 6 Subtipos: A, B, C, D, E e F. sendo os A e B os mais importantes e os que mais infectam os gatos domésticos.
Está presente na saliva, sangue, licor e em pequena quantidade no sêmen e leite,
COMO OCORRE A TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre principalmente através de brigas e arranhaduras. A mãe passa aos filhotes 78% por vias trans-placentárias, colostro, leite e interparto.
Não é transmissível em relações sexuais como acontece entre os humanos.
O virus ataca linfócitos diminuindo sua quantidade, deixando o animal desprotegido.
ESTÁGIOS/SINTOMAS.
1 – Fase aguda-incisiva de 4 a 6 semanas após a infecção. No pico da viremia, (presença do vírus no sangue) pode apresentar os seguintes sintomas:
-febre com duração de alguns dias,
-anorexia
-linfadenopatia em gatos mais jovens.
-gengivoestomatite
-doenças oculares
– alterações neurológicas
-Leucopenia
É bom ressaltar que a grande maioria dos gatos afetados pela FIV passa sem sinais clínicos. Os gatos são especialistas em esconder os sintomas.
2 – Fase em que a linfopenia e a neutropenia são achados comuns.
3 – Há aumento dos linfonodos de forma generalizada de seis meses a vários anos. É comum o gato perder peso, mesmo se alimentando. Febre, anemia severa a discreta, podendo ter ou não leucopenia.
4 – Essa é a fase em que o gato chega com alguma doença crônica e não melhora nunca, mesmo sendo medicado.
Geralmente é aqui que se diagnostica a FIV. CRA- (complexo relacionado a AIDS). Pode durar de seis meses a dois anos.
Infelizmente a maioria vai a fase terminal. A doença não tem cura. Apenas controle.
Somente cerca de 10% dos gatos atinge essa fase.
Eles, em geral, apresentam outros problemas como neoplasias (linfoma), enfraquecimento (síndrome do enfraquecimento progressivo), complexo respiratório felino, toxoplasmose, criptococose, demodicose e 5% apresenta doença neurológica.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da FIV é feito por meio de exames laboratoriais sendo o mais recomendável o ELISA que é o teste que se baseia na reação antígeno-anticorpos desencadeado por enzimas (teste para detecção de anticorpos ( Ac´s).
O teste é realizado a partir de 2 a 4 semanas após a infecção e podem ficar afetado por toda a vida do animal.
O cão pode ser soropositivo, falso soropositivo, fraco soropositivo. Gatos verdadeiramente positivos, não infectados, níveis de anticorpos (Ac´s) não detectados.
15%nunca apresentam níveis detectáveis nos testes sorológicos.
Então, muita atenção:
1-nos gatos com diarreia que não melhora
2- nos gatos com gripe que não melhora
3 – nos gatos com estomatite que não melhora
4 – gatos com infecção bacteriana que não melhora
5 – gatos com neutropenia.
TRATAMENTO ESPECÍFICO
1 – Inibidor de transcriptase reversa: Ziclovulina (Retrovir- AZT); produto muito controlado, difícil aquisição.
2 – Interferon: efeito antiviral em altas doses o que provoca muitos efeitos colaterais no fígado, rins pâncreas e no baço. Fazer semana sim, semana não, até a melhora clínica.
Gato com retrovirose precisa ser acompanhado e esforços devem ser feito para controlar e corrigir os sintomas.
Estão aí as dicas para vocês.
Muito Obrigado.
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